quarta-feira, 22 de abril de 2009

Salve Ogum, Salve São Jorge!


Jorge da Capadócia
Jorge Ben Jor
.
Jorge sentou praça na cavalaria
e eu estou feliz porque eu tambem sou da sua companhia
eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
para que meus inimigos tenham pés e não me alcancem
para que meus inimigos tenham mãos e não me toquem
para que meus inimigos tenham olhos e não me vejam
e nem mesmo um pensamento eles possam ter para me fazerem mal.
Armas de fogo, meu corpo não alcançarão.
facas e espadas se quebrem, sem o meu corpo tocar.
Cordas e correntes se arrebentem,sem o meu corpo amarrar.
Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge.
Jorge é da capadócia, salve Jorge.
Jorge é da capadoócia, salve Jorge.
Perseverança, ganhou do sordido fingimento
e disso tudo nasceu o amor.
Perseverança, ganhou do sordido fingimento
e disso tudo nasceu o amor.
Ogam toca pra Ogum.
Ogam toca pra Ogum.
Ogam, Ogam toca pra Ogum.
Jorge é da capadócia.


segunda-feira, 13 de abril de 2009

Índia XIV - Budismo

É uma doutrina fundada por Sidarta Gautama entre 563a.c. e 483a.c., onde não há um Deus criador. Seu objetivo é evitar o mal, fazer o bem e cultivar a mente, a fim de atingir o Moksha (fim do ciclo de reencarnações, Samsara), chamado de Nirvana.


O Budismo segue as 4 nobres verdades, são elas:
* A primeira nobre verdade: "(...) esta é a nobre verdade do sofrimento: nascimento é sofrimento, envelhecimento é sofrimento, enfermidade é sofrimento, morte é sofrimento; tristeza, lamentação, dor, angústia e desespero são sofrimento; a união com aquilo que é desprazeroso é sofrimento; a separação daquilo que é prazeroso é sofrimento; não obter o que queremos é sofrimento; em resumo, os cinco agregados influenciados pelo apego são sofrimento.(...)"
* A segunda nobre verdade: "(...) esta é a nobre verdade da origem do sofrimento: é este desejo que conduz a uma renovada existência, acompanhado pela cobiça e pelo prazer, buscando o prazer aqui e ali; isto é, o desejo pelos prazeres sensuais, o desejo por ser/existir, o desejo por não ser/existir.(...)"
* A terceira nobre verdade: "(...) esta é a nobre verdade da cessação do sofrimento: é o desaparecimento e cessação sem deixar vestígios daquele mesmo desejo, o abandono e renúncia a ele, a libertação dele, a independência dele.(...)"

* A quarta nobre verdade: "(...) esta é a nobre verdade do caminho que conduz à cessação do sofrimento: é este Nobre Caminho Óctuplo: entendimento correto, pensamento correto, linguagem correta, ação correta, modo de vida correto, esforço correto, atenção plena correta, concentração correta.(...)"






Índia XIII - Jainismo

Surgiu entre 599a.c. e 527a.c. criada por Mahavira que pertencia a casta dos Xátrias, casou, viveu no luxo e por volta dos 30 anos se tornou mendigo e se dedicou ao ascetismo e recebeu a revelação dos Tirthankaras, almas nascidas como humanos que alcançaram a libertação.

Segundo o jainismo, o universo divide-se em cinco mundos, sendo cada um deles habitado por determinado tipo de seres. O universo é eterno, não tendo sido criado por nenhum ser superior. Na verdade não há Deus no Jainismo.


Templo Jainista Ranakpur

Índia XII - Sikhismo

Religião formada a partir do Hinduismo e do Islamismo pelo Guru Nanak em 1469, crê em um único Deus e segue os ensinamentos dos 10 Gurus que traçaram as suas diretrizes.


O Sikhismo possui 3 pilares básicos:
* Manter Deus presente na mente em todos os momentos (Nam Japam);
* Alcançar o sustento através da prática de trabalho honesto (Kirt Karni);
* Partilhar os frutos do trabalho com aqueles que necessitam (Vand Chhakna).



Templo Dourado de Amandir Sahib


domingo, 12 de abril de 2009

Índia XI - Hinduismo

Religião de origem Indo-européia, surgida na Índia entre 4000 e 6000 anos, pautada nas manifestações de Brahman (Espírito Supremo), com destaque para a Trimurti, trindade de deuses, formada por Brahma (Construidor), Vishnu (Preservador) e Shiva (Destruidor).
O hinduismo conta com muitos deuses, cada um com uma função específica.Os Principais conceitos da crença Hindu são: Karma (Ação e Reação do ciclo de renascimentos), Dharma (Lei que rege o ciclo de renascimentos), Samsara (Ciclo de Renascimentos), Moksha (Libertação do Samsara) e Iogas (Caminhos e Práticas). Os livros sagrados do hinduismo são os Vedas.

Os templos Hindus demonstram toda arte e arquitetura desse povo, com obras de imensa beleza.


O Sistema de Castas foi criado pelo povo Ariano quando invadiu e se estabelceu na Índia, o que ajudou a compor a religião, tornando impossível a mobilidade entre as castas, determinada pelo nascimento, também é proibido o casamento entre indivíduos de castas diferentes. Tal sistema foi abolido, oficialmente em 1950, na construção da constituição Indiana, mas o costume perdura até os dias de hoje.
Segundo o Hinduismo, os Homens surgiram do corpo de Brahma e foram classificados em 4 grupos:
* Brâmanes, surgidos da Boca de Brahma – Sacerdotes, Filósofos, Professores;
* Xátrias, surgidos dos Braços de Brahma - Militares e Governantes;
* Vaixás, surgidos das Coxas de Brahma – Comerciantes e Agricultores;
* Sudras, surgidos dos Pés de Brahma – Trabalhadores em geral; Os Párias surgiram da poeira sob os pés de Brahma, por isso não são puros, são, também, conhecidos como Intocáveis e Dalits, são encarregados dos trabalhos com Lixo, Esgoto e Sepultamentos. São os excluídos da Índia.


segunda-feira, 6 de abril de 2009

Índia X - Hanuman, o deus macaco

Hanuman é um Vanara (ser da floresta) da raça dos Símios, ele era um símio humanóide, no Ramayana, é tratado como se fosse uma encarnação de Shiva para ajudar Rama (encarnação de Vishnu) em suas tarefas.
Hanuman é o filho do vento (Vayu) e é o grande herói do Ramayana (épico que narra os trabalhos de Rama), mas não se encontra apenas no Ramayana, mas também nos textos Hanuman Chalisa e o Mahabarata.

É um deus querido, sobretudo, pela sua devoção a Rama.

No Ramayana, o demônio Ravana, sequestrou a princesa Sita, esposa de Rama. Graças aos poderes de Hanuman, o cativeiro de Sita em Lanka, atual Sri Lanka, foi descoberto. Entre os seus poderes estavam o poder de voar, de mudar sua forma e de alterar o seu tamanho. Numa passagem, Lakshmana (irmão de Rama) e Rama, foram aprisionados por Ahiravana tio de Ravana e só poderiam ser libertados, se cinco fogueiras fossem apagadas ao mesmo tempo, então Hanuman assumiu uma forma com cinco cabeças:
Sri Hanuman, com a cabeça normal de macaco;
Sri Garuda, com a cabeça de águia;
Sri Varaha, com a cabeça de Javali;
Sri Narasimba, com a cabeça de leão;
Sri Hayagriva, com a cabeça de cavalo.

Em outro momento, Lakshmana foi ferido em batalha e para o salvar, Hanuman se torna um gigante e leva a Montanha Dronagiri para o campo de batalha, para que os macacos retirassem as ervas para curar Lakshmana.
Hanuman foi o causador do incêndio da cidade inimiga e o destruídor de diversos súditos de Ravana.

Hanuman foi tão devotado à Rama e Sita, que se tornou imortal.


quinta-feira, 2 de abril de 2009

Índia IX - Kali, a deusa negra

Kali é ma das manifestações de Parvati e está entre as divindades mais cultuadas no Hinduísmo. È uma deusa muito antiga e a ela ainda são realizados sacrifícios animais e antigamente os sacrifícios eram humanos. Até o século XIX, seus seguidores os Thugs, acreditavam que seguidores de outros deuses eram demônios disfarçados de gente, então eles se aproximavam dessas pessoas, faziam amizade e quando ganhavam sua confiança, as estrangulavam e em ritual as cortavam em diversas partes, na maioria das vezes, suas vítimas eram pessoas de castas inferiores. Para não deixar pistas do “crime”, as vítimas eram enterradas e os Thugs dançavam sobre o “túmulo” para achatar a terra. Tal prática, foi extinta no século XIX, pois os Thugs passaram a ser caçados na Índia pelos ingleses.



Conta o mito que o Assura Raktabija tinha o poder, dado por Brahma em gratidão por sua dedicação, que o protegia de ser destruído. Se seu sangue fosse derramado, dele nasceria um clone mais poderoso ainda. Raktabija, desafiou os deuses, que ao lhe ferirem, viram surgir novos demonios idênticos, mas cada vez mais poderosos. Então pediram a Parvati que evocasse Durgha para combater o exército de Raktabijas. A batalha se seguiu e a quantidade de demônios só aumentava. Furiosa diante de tal situação, Durgha se torna Kali, uma deusa de pele escura e com uma língua grande e vermelha, que arranca a cabeça do Demônio e bebe todo seu sangue e passa a caçar e a matar todos os demônios que encontra, fazendo um colar de cabeças e uma saia de braços de sua vítimas. Com o fim da luta um novo problema surgiu, Kali ficou tão eufórica que passou a dançar freneticamente e tão forte que seus movimentos passaram a ameaçar a existência do universo. Para evitar que os mundos fossem destruídos, Shiva, seu esposo, deitou sob os seus pés enquanto a deusa dançava até que ela se acalmasse.
Mas Kali não é uma deusa do mal pois, na verdade, seu papel de ceifadora de vidas é absolutamente indispensável para a manutenção do mundo. Seus devotos são recompensados com poderes paranormais e com uma morte sem sofrimentos.

Índia VIII - Durgha, Manifestação de Parvati

É uma das manifestações de Parvati, diz-se possuidora de grande beleza, com três olhos como lótus, dez poderosas mãos, cabelos anelados, seus ornamentos são feitos de ouro, cravejado de pérolas e pedras preciosas. Suas armas são as armas de todos os deuses e seu vahana (veículo) é Astrid, representado algumas vezes como um leão e outras como um tigre.
Conta o mito que o Rei dos Assuras, Rambha, apaixonou-se por um Búfalo e desse casameto nasceu Mahishashura, que era muito devoto de Brahma, que em gratidão Brahma resolveu lhe conceder um desejo, e Mahishashura desejou não ser morto por nenhum homem ou deus. Dessa forma, com tal poder, passou a aterrorizar o mundo. Como não podia ser morto nem por homens e nem por deuses (masculinos), os deuses Shiva, Brahma e Vishnu reuniram os deuses e decidiram que teria que ser uma deusa a enfrentar Mahishashura, sendo assim, Parvati se torna Durgha e recebe as armas dos deuses. Uma imensa luta foi travada, enquanto os deuses só podiam observar.


Em outra passagem, os Assuras gêmeos, Chanda e Munda, resolveram atacar Durgha que foram impiedosamente mortos pela sua espada.