sábado, 13 de novembro de 2010

Religiões na África I - África, seus deuses e suas crenças

A África sempre apresentou uma história rica em Culturas, Nações e Deuses e com uma diversidade étnica só vista nesse continente.
Hoje, os grupos religiosos atuais são: Islamismo, Cristianismo (católicos e evangélicos) e Animistas (culto aos antepassados, Deuses variados e Orixás).

Religiões na África II - Egito Antigo

O Egito Antigo, período compreendido entre 3150 a.c. e 30 d.c., era marcado por diversas crenças e mitos, que influenciaram a sua política, seu modo de vida (artes e costumes), além de ter influenciado outras culturas. Suas concepções do mundo pós-morte, com julgamento dos atos em vida do morto e dependendo dos seus atos recebendo uma espécie de paraíso ou a danação.
Seus Deuses perduram até hoje entre místicos.
Os Egípcios antigos cultuavam vários deuses, eram politeístas. Muitos dos seus deuses possuíam forma zoo-antropomórfica (misturando partes humanas e de animais), outros deuses tinham formas humanas ou representavam elementos da natureza, como o Rio Nilo e o Sol.

Religiões na África III - Islamismo na África

O islamismo chega ao continente africano (Egito) por volta do ano 639 d.c., iniciando um processo de conversão, nem sempre pacífica, partindo depois para demais povos africanos.
O conceito de deus único não conflitou tanto com alguns povos africanos, que criam num ser supremo. Aliado a esse fato, a tolerância desenvolvida pelo Islã na África Ocidental com as crenças locais, pemitiu que muitos Africanos partcipassem do culto do Islã e de suas antigas crenças.


O Islamismo é uma religião monoteísta surgida em 622 d.c. com o Profeta Maomé e hoje, é a segunda maior religião no mundo e a que mais cresce e está embasada nos seguintes conceitos:



  • a crença em Alá (Allah), único Deus existente;

  • a crença nos anjos, seres criados por Alá;

  • a crença nos livros sagrados, entre os quais se encontram a Torá, os Salmos e o Evangelho. O Alcorão é o principal e mais completo livro sagrado, constituindo a coletânea dos ensinamentos revelados por Alá ao profeta Maomé;

  • a crença em vários profetas enviados à humanidade, dos quais Maomé é o último;

  • a crença no dia do Julgamento Final, no qual as ações de cada pessoa serão avaliadas;

  • a crença na predestinação: Alá tudo sabe e possui o poder de decidir sobre o que acontece a cada pessoa.
    Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Isl%C3%A3o
    http://www.claudialima.com.br/pdf/O_ISLAMISMO_NA_AFRICA.pdf

Religiões na África IV - Cristianismo na África

O Cristianismo na África data do início do Cristianismo, sobretudo no Egito e no Norte da África em geral, porém nos idos de 639 d.c. perdeu espaço para o Islamismo e tendo uma retomada com as grandes Navegações, quando Portugal passa a reintegrar a religião no continente. Hoje, o Cristianismo, Católico, Ortodoxo e Evangélico divide com o Islã o domínio das religiões no continente.

Religiões na África V - África Negra ou África Subsaariana

Chamamos a África Negra de África Subsaariana, nessa região ainda persistem cultos tribais conhecidos como animismo, que cria uma relação cotidiana com Deus ou deuses, representados, na maioria das vezes, por elementos da natureza, como: lagos, rios, mar, terra, céu, animais, que tornaram-se símbolos de respeito, bons presságios ou mau agouros.
Entre essas divindades, destacamos os deuses dos povos Iorubás e Bantos, que são o Deus Supremo Olorum , para os Iorubás, e Nzambi,para os Bantos, e demais deuses chamados de Orixás.
Orixá significa “o senhor da cabeça” e são guardiões dos elementos da natureza e representam os seus domínios na Terra.

Religiões na África VI - Olorum

Deus Supremo dos povos Ketu e chamado de Nzambi pelos Bantos, é o senhor do Orun (céu ) e do Aiye (Terra).É o Deus único e Soberano, não possui um corpo físico. Todavia, não foi erguido um único templo em seu nome.




Religiões na África VII - Orixás

São regentes de forças da natureza, são representações de partes de um Deus maior.

Religiões na África VIII - Exu

Exu é o orixá da comunicação. É o guardião dos caminhos, cidades, casas e do axé, é o orixá responsável pelo movimento.
Ele é orixá que deve receber as oferendas e saudações em primeiro lugar a fim de assegurar que tudo corra bem e de garantir que sua função de mensageiro entre o Orun e o Aiye, mundo espiritual e material, seja plenamente realizada, pois os humanos não conseguem se comunicar com os orixás e necessitam que Exu leve as suas mensagens.

Religiões na África IX - Oxalá

Oxalá, Orixá dos Orixás – É um Orixá de extrema importância, é erroneamente considerado o Orixá mais forte de todos, mas na realidade ele não possui mais poderes que os outros e nem é hierarquicamente superior, mas o seu respeito deriva de ser representado como o patriarca do Panteão.
Oxalá é aquele que traz consigo a memória de outros tempos, as soluções já encontradas no passado para casos semelhantes, merecendo assim o respeito de todos numa sociedade que cultuava ativamente os seus ancestrais.

Religiões na África X - Iemanjá

Iemanjá, Deusa Rainha do mar – É a Orixá mais conhecida no Brasil, é uma das rainhas das águas, sendo, as duas salgadas: as águas provocadas pelo choro da mãe que sofre pela vida de seus filhos, que os vê se afastarem de seu abrigo, tomando rumos independentes; e o mar, sua morada, local onde costuma receber os presentes e oferendas dos devotos.
É a mãe dos homens e dos peixes.

Religiões na África XI - Xangô

Xangô, o Deus da Justiça – É um orixá muito importante, muitas vezes considerado como o orixá mais importante hierarquicamente, isso ocorre porque Xangô é um rei, alguém que cuida, principalmente, da justiça e suas decisões são sempre consideradas sábias, ponderadas, hábeis e corretas. Ele é o orixá que decide sobre o bem e o mal. Ele é o Orixá do raio e do trovão. O raio é uma das suas armas, que ele envia como castigo, sua principal arma é um machado de lâmina dupla.

Religiões na África XII - Iansã

É a Orixá dos ventos, dos raios e das tempestades.
Iansã foi mulher de Ogum e depois de Xangô, seu verdadeiro amor.
É dotada de uma grande força bélica que encontra correspondência, pelo lado masculino, em Ogum . Esse temperamento lhe garante a qualidade de guerreira e de líder, mas não de mãe, como Oxum ou Iemanjá, mesmo tendo tido nove filhos de Ogum e mais dois filhos de Xangô.

Religiões na África XIII - Ogum

Ogum, o Deus Guerreiro – É o orixá da forja do ferro e é um grande guerreiro, está sempre associado às conquistas e batalhas, por isso é considerado o protetor dos militares. Dizem as lendas que se alguém, em meio a uma batalha, repetir determinadas palavras, Ogum aparece imediatamente em seu socorro.

Religiões na África XIV - Oxum

Oxum, Deusa das águas doces – Oxum é o nome de um rio em Oxogbo, região da Nigéria. É ele considerado a moradia dessa Orixá. Apesar de ser comum a associação entre rios e orixás femininos da mitologia africana, Oxum é destacada como a dona da água doce e de todos os rios.
Oxum é ligada ao conceito de fertilidade, e é a ela que se dirigem as mulheres que querem engravidar, sendo sua responsabilidade de zelar tanto pelos fetos em gestação como pelas crianças recém-nascidas, até que estas aprendam a falar.

Religiões na África XV - Ossaim

Ossaim é o Orixá que possui os conhecimentos sobre o uso de Ervas Medicinais e das Ervas usadas nos cultos.

Religiões na África XVI - Omulu

Omulu, é considerado junto à sua mãe Nanã, o Orixá da morte.
Quando não é o que faz a transição do espírito de quem desencarnou, é o responsável pela morte dos doentes.
É considerado o responsável pela passagem dos espíritos do plano material para o espiritual.

Religiões na África XVI - Ibejis

Ibejis significa gêmeos. Forma-se a partir de duas entidades distintas que coexistem.
Cada gêmeo é representado por uma imagem. Os Iorubás colocam alimentos sobre suas imagens para invocar a benevolência dos Ibejis.
Os Ibejis, muitas vezes são confundidos com os Erês, mas a distinção é clara, pois os Ibejis são gêmeos masculinos, enquanto que os Erês são representados por duas crianças, uma de cada sexo.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

À Rainha do Mar


Yemanjá, Iemoja "Iemanjá" ou Yemoja, é uma
orixá africana, seu nome tem sua origem da expressão Iorubá "Yèyé omo ejá"("Mãe cujos filhos são peixes") – wikipedia.
Para as tribos de origem Iorubá, a dona do mar é
Olokun, que é mãe de Iemanjá.
Iemanjá, para o povo Egbá é saudada como Odò (rio) ìyá (mãe) devido a sua ligação com Olokun, Orixá do
mar (masculino (em Benin) ou feminino (em Ifé)), muitas vezes é referida como sendo a rainha do mar em outros países.
No
Brasil, é uma das orixás mais respeitada e de grande popularidade entre os seguidores de religiões afro-brasileiras, e até por membros de diferentes religiões, sendo que em Salvador, no dia 2 de Fevereiro, ocorre uma das maiores festas do país em homenagem à "Rainha do Mar". A sua celebração envolve milhares de pessoas, vestidas de branco, saem em procissão até ao templo-mor, localizado próximo à foz do rio Vermelho, onde são feitas oferendas, tais como espelhos, bijuterias, comidas, perfumes e toda sorte de agrados. No Rio de Janeiro, na virada de revellion, milhares de pessoas comparecem e depositam no mar oferendas para a divindade. A celebração também inclui o tradicional "Banho de pipoca" e os saltos das sete ondas, onde que os fiéis, ou até mesmo seguidores de outras religiões, pulam, após a meia noite, como forma de pedir sorte à Orixá.


Na Umbanda, é considerada a divindade do mar, além de ser a deusa padroeira dos náufragos, mãe de todas as cabeças humanas.
“Iemanjá, rainha do mar, é também conhecida por dona Janaína, Inaê, Princesa de Aiocá e Maria, no paralelismo com a religião católica. Aiocá é o reino das terras misteriosas da felicidade e da liberdade, imagem das terras natais da África, saudades dos dias livres na floresta.” - Jorge Amado
Além da grande diversidade de nomes africanos pelos quais Iemanjá é conhecida, a forma portuguesa Janaína também é utilizada, embora em raras ocasiões. A
alcunha, criada durante a escravidão, foi a maneira mais branda de "sincretismo" encontrada pelos negros para a perpetuação de seus cultos tradicionais sem a intervenção de seus senhores, que consideravam inadimissíveis tais "manifestações pagãs" em suas propriedades. Embora tal invocação tenha caído em desuso, várias composições de autoria popular foram realizadas de forma a saudar a "Janaína do Mar" e como canções litúrgicas.


Caracteríticas:
Dia: Sábado.
Data: 2 de fevereiro.
Metal: prata e prateados.
Cor: prata transparente, azul, verde água e branco.
Comida: manjar branco,
acaçá, peixe de água salgada, bolo de arroz, ebôya, ebô e vários tipos de furá.
Arquétipo dos seus filhos: voluntarioso, fortes, rigorosos, protetores, caridosos, solidários em extremo, ingênuos, amigo, tímido, vaidosos com os cabelos principalmente, altivos, temperamentais, algumas vezes impetuosos e dominadores, e tem um certo medo do
mar. Símbolos: abebé prateado, alfange, agadá, obé, peixe, couraça, adê, braceletes, e pulseiras.


No passado foi sincretizada com a santa católica. Em alguns momentos, inclusive festas em homenagem as duas se fundem. No Brasil, tanto Nossa Senhora dos Navegantes como Iemanjá tem sua data festiva no dia 2 de fevereiro. Costuma-se festejar o dia que lhe é dedicado, com uma grande procissão fluvial.
No dia
8 de dezembro, outra festa é realizada à beira mar baiana: a Festa de Nossa Senhora da Conceição da Praia. Esse dia, 8 de dezembro, é dedicado à padroeira da Bahia, Nossa Senhora da Conceição da Praia, sendo feriado municipal em Salvador. Também nesta data é realizado, na Pedra Furada, no Monte Serrat em Salvador, o presente de Iemanjá, uma manifestação popular que tem origem na devoção dos pescadores locais à Rainha do Mar - também conhecida como Janaína.
Na capital da
Paraíba, a cidade de João Pessoa, o feriado municipal consagrado a Nossa Senhora da Conceição, 8 de dezembro, é o dia de tradicional festa em homenagem a Iemanjá. Todos os anos, na Praia de Tambaú, instala-se um palco circular cercado de bandeiras e fitas azuis e brancas ao redor do qual se aglomeram fiéis.

Iemanjá está muito associada a imagem da mãe que protege seus filhos a todo custo.

Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Iemanjá



P.S.: Prefiro escrever meus textos, mas achei essas referências no wikipedia e gostei.