sexta-feira, 27 de março de 2009

Índia VII - Parvati, A Grande Mãe (Shakti)

É a esposa de Shiva, ela é a encarnação da deusa mãe.
Conta o mito que Daksha, grande adorador de Shakti, deusa mãe, rogou-lhe que ela lhe desse a honra de encaranar em sua família como sua filha. Como Daksha era um fiel seguidor, a Deusa mãe lhe concedeu o pedido, deixando-lhe claro que o abandonaria se se sentisse ofendida por ele, por mais que tivesse uma vida feliz. Assim foi feito, nasceu Sakti, encarnação de Shakti. Shiva se encantou pela jovem e a tornou sua esposa.
Daksha não ficou feliz com o casamento de Shiva com Sakti e ofendeu o deus. Com a ofensa de seu pai com o seu marido, a deusa ficou profundamente magoada e se suicidou invocando Tapas, que é a prática de se suicidar ateando fogo no próprio corpo. Dessa forma deixando a família de Daksha.
O nome Shakti, passou a designar as esposas dos deuses hindus.
Shiva ficou profundamente entristecido com a morte de sua esposa, e se retirou em meditação, no interior de uma gruta e não saía de seu transe por nada.
Sakti reencarna sob a forma de Parvati, filha do Himalaia, e vai em busca do seu amor e o encontra meditando. Parvati tentou chamar sua atenção de todas as formas, pois sabia que o acompanharia até o fim dos tempos. Parvati, então, começa a meditar diante da caverna de Shiva e por mil anos permaneceu imóvel, a ponto de plantas crescerem sobre seu corpo. Diante da emanação de tal energia, Shiva desperta e reconhece sua amada esposa.


Shiva e Parvati, formam uma família com dois filhos: Ganesh e Skanda.

Parvati, a esposa devotada e mãe amorosa, possui mais duas manifestações, Durga e Kali



* Durga
É a manifestação guerreira de Parvati, possui vários braços com várias armas e é uma caçadora de Demônios, está sempre acompanhada de seu leão dourado ou um Tigre, chamado Astrid.

* Kali
É a manifestação mais poderosa de Parvati, guerreira e impiedosa com o mal, é uma das formas da deusa mais cultuada na Índia, também é associada como uma deusa da morte.


segunda-feira, 16 de março de 2009

Índia VI - Skanda, O Deus da Guerra

Skanda é o deus da guerra. Sua montaria é o Vel, um pavão, e suas armas são: uma espada, um dardo, um bastão, um disco e um arco, embora, geralmente, ele seja retratado empunhando uma sakti ou lança, o dardo é usado para simbolizar o Seu alcance e proteção, o disco simboliza o Seu conhecimento da verdade, o cetro representa Sua força e o arco mostra sua habilidade para vencer todos os males. Montar o pavão simboliza sobrepujar o ego.
Skanda é filho de Shiva e Parvati e irmão de Ganesh.

As esposas de Skanda são Valli e Devasena.


Índia V - Ganesh ou Ganesha - O Destruídor de Obstáculos

Ganesh é o deus destruidor dos obstáculos, de ordem material e espiritual, é o deus mais reverenciado na Índia, é o filho mais velho de Shiva e Parvati, é considerado o mestre do intelecto e da sabedoria. Ele é representado como uma divindade com uma enorme barriga, com quatro braços (as figuras de Ganesh com dois braços são um Tabu) e a cabeça de elefante. Ele é o símbolo das soluções lógicas e daqueles que descobriram a divindade dentro de si.

Ganesh é o som primordial 'OM' e sua forma o representa.




Ele é o deus da boa fortuna e por isso é invocado antes do início de cada empreitada, é o primeiro ídolo a ser invocado em qualquer casa nova ou templo. Cada elemento do corpo de Ganesh tem seu significado, sendo eles:


* Cabeça de Elefante – indica fidelidade, inteligência e poder; * Uma única presa – indica o rompimento de todas as formas de dualismo;



* Orelhas grandes – Demonstra grande habilidade de escutar as pessoas que procuram ajuda e para refletir verdades espirituais; * Tromba curvada – Demonstra a facilidade de discernir entre o divino e o físico; * Marca do Tríshula na testa – representa o passado, presente e o futuro e a capacidade de Ganesh se sobrepor a eles; * Barriga grande – Capacidade de Ganesh de sugar os sofrimentos do universo e os digerir, protegendo o mundo; * Machadinha – É o símbolo da restrição de todos os desejos que trazem dor e sofrimento, com ele Ganesh destrói os obstáculos; * Flor de Lótus – Simboliza a sua beatitude e a realização do seu verdadeiro eu; * Mushika (Rato) – Simboliza o ego, o desejo e o orgulho e é o veículo de Ganesh, conta a lenda que Gajamuka era um Assura Yogi muito poderoso e se tornou quase invencível a ponto de expulsar os deuses do céu. Para o deter chamaram Ganesh, que no início do embate, não pôde fazer muita coisa, pois nenhuma arma conseguia lhe atingir, a luta durou milênios, sem que nenhum sobrepujasse o outro, foi quando Ganesh fez um sacrifício e arrancou sua presa direita, arremessando-a contra Gajamukha, com tanta força, que este ficou gravemente ferido. E ao mesmo tempo, Ganesh, lançou-lhe uma maldição para que ele se transformasse num rato, e foi o que aconteceu. Então Ganesh montou no rato e o domou, obrigando-o a ser seu vahana (Veículo).

Um dos mitos de Ganesh nos conta que ele nasceu de Parvati, enquanto Shiva saíra para meditar. Parvati pedira a Ganesh que impedisse que qualquer um entrasse em seu quarto, enquanto ela se banhava. Estando Ganesh, um menino, na porta do quarto, Shiva chegou e foi impedido de entrar nos aposentos. Furioso, Shiva avança sobre o menino e os dois travaram uma grande luta, até que Shiva lhe arranca a cabeça e a queima. Ao ver Ganesh morto, Parvati reclama com Shiva e lhe diz que ele matara o próprio filho. Então Shiva pede ao seu exército para trazer a cabeça do primeiro animal que passasse diante do templo, e assim foi feito. Com a cabeça de um elefante, Ganesh, foi assim ressuscitado.





Vídeo produzido pela Turma MA-2 de 2007 da Anhembi Morumbi Designe de Games

Ganesh possui duas esposas, Siddhi (Sucesso) e Riddhi (Prosperidade), onde há sucesso e prosperidade, Ganesh está lá.

Índia IV - Shiva, O Destruídor



  1. Shiva é o terceiro deus da Trimurti, ele é o destruídor ou transformador, por isso também é chamado de deus da morte, sua função é dar fim às coisas para que possam começar outras, é um dos deuses mais cultuados no hinduísmo, tendo dentro do hinduísmo uma linha de seguidores chamada de Shivaísmo.
    As primeiras representações de Shiva surgiram no período Neolítico em torno de 4000 a.c. com o nome de Pashupati, “Senhor dos Animais”.


    A Ioga, prática de transformação física, mental e emocional está intimamente associada à Shiva, seu ascetismo o leva longos períodos em meditação. O Tantra, prática hindu que busca um aumento da percepção corporal ativando o Kundaline -linha energética encontrada na coluna vertebral - passando pelos sete Chacras, capaz de nos elevar a origem divina, é atribuído à esse deus.

    Shiva é representado com os seguintes elementos:
    * Tríshula
    O Tríshula é o tridente de Shiva, é essa arma que ele utiliza para destruir a ignorância dos humanos. As três pontas do Tríshula representam três qualidades dos fenômenos: Tamas (inércia), Rajas (movimento) e Sattva (equilíbrio). Muitas vezes as pontas do Tríshula, também representa a consciência do Passado, Presente e Futuro.
    * Serpente
    A serpente usada em torno da cintura ou do pescoço é uma Naja, a mais mortífera das serpentes da Índia e simboliza a imortalidade de Shiva. Na tradição Ioga, ela representa o Kundaline.
    * Ganga
    Vê-se no topo da cabeça de Shiva um jorro de água, que representa o nascimento do rio Ganges dos cabelos de Shiva
    . Há uma lenda que diz que Ganges era um rio muito violento e não podia descer à Terra pois a destruiria com a força do impacto. Então, os homens pediram a Shiva que ajudasse e ele permitiu que o rio caísse primeiro sobre sua cabeça, amortecendo o impacto e depois, mais tranqüílo, corresse pela Terra.
    * Lingam

    Também chamado de linga, é o símbolo fálico de Shiva. Ele representa o pênis, instrumento da criação e da força vital, a energia masculina que está presente na origem do universo. Na Índia, reverenciar o lingam é o mesmo que reverenciar a Shiva. Ele pode ser feito em qualquer material, embora o preferido seja o de pedra negra. Na falta de uma escultura, se constrói um lingam com a areia da praia ou do leito do rio; ou simplesmente se coloca em pé uma pedra ovalada. A base do lingam representa yoni, a vagina, mostrando que a criação se dá com a união do masculino e feminino.
    * Damaru
    É o tambor em forma de ampulheta, que reproduz o som da criação do universo (Aum ou OM), com ele Shiva marca o ritmo do universo e o compasso da sua dança.

    * Fogo
    Shiva é associado ao fogo, pois ele representa a transformação e ele nos convida a nos transformarmos por meio do fogo da Ioga, que com o seu calor nos auxilia a transcender nossos limites.
    * Nandi
    Nandi é o Veículo de de Shiva, é um touro Branco da raça Gir, comum na Índia e conhecido como Zebu, no Brasil. Nandi é associado às forças telúricas (forças da Terra) e à sua virilidade. A sua devoçao por Shiva é tão grande que ele se encontra sempre deitado diante do templo, guardando o Portão principal.

    * Lua Crescente
    Shiva usa a lua crescente nos cabelos, simbolizando que ele está acima das emoções, não sendo mais influenciado pelos seus humores.

    Muitas vezes Shiva é representado como Nataraja, onde ele dança no interior do ciclo de fogo, que simboliza a renovação e através da sua dança, ele destrói o universo. Nataraja representa o eterno movimento do universo, que foi impulsionado pelo ritmo do Damaru e da sua dança, enquanto pisa num demônio anão, que representa a ignorância. A imagem toda nos diz: "Vá além do mundo das aparências, vença a ignorância interior e torne-se Shiva, o meditador, aquele que enxerga a verdade através do olho que tudo vê (terceiro olho, Ájña Chakra)."
    A esposa de Shiva é Parvati, que representa a matéria, enquanto que Shiva representa a consciência e uma das representações de Shiva é o Ardhanarishvara, onde o lado direito da figura é masclino (Shiva), com a serpente, o tríshula e Nandi ao seu lado e o lado esquerdo é feminino (Parvati), com seus trajes, brincos, segurando uma flor de Lótus e ao seu lado encontra-se Astride, geralmente um leão, mas em outras vezes é um tigre.

    O principal filho de Shiva é Ganesh ou Ganesha, o destruidor de obstáculos, muito cultuado em toda Índia.

sábado, 14 de março de 2009

Índia III - Vishnu, O Preservador

Vishnu é o segundo deus da Trimurti, ele é o preservador do universo.
Existem duas representações comuns de Vishnu, numa ele aparece flutuando sobre ondas em cima das costas de um deus-serpente chamado Shesh Nag, ou flutuando sobre as ondas com seus quatro braços, cada mão segurando um de seus atributos divinos, uma concha, um disco de energia, um lótus e um cajado.

Segundo a Mitologia Hindu, Vishnu vem ao mundo (encarna) sob diversas formas chamadas de avatares, são dez ao todo, podendo ser formas humanas, de animais ou de um misto dos dois. Diz o mito que sempre que alguma coisa terrível está para acontecer, ele se manifesta com um desses avatares, que são:


* Matsya – O Peixe
É o primeiro Avatar de Vishnu. Conta o mito que o dia de Brahma estava para acabar, chegando o momento do universo ser destruído afim de ser reconstruído novamente.

Enquanto Brahma dormia o Demônio Hayagriva roubou os Vedas e os levou para o fundo do oceano. Como os Vedas eram necessários para a recriação do universo, pois nele estava o conhecimento necessário à Brahma para reconstruir o universo, cabia a Matsya os resgatar. Vishnu sabia que o tempo estava se esgotando, então pediu ao sábio Satyavrata que recolhesse amostras de tudo que fosse possível, vegetais e animais, para servirem de modelos na recriação do universo.
Matsya lutou com Hayagriva e o derrotou.
Os Vedas foram devolvidos à Brahma.
O sábio e o material recolhido seguiram com Matsya Aguardando a recriação do universo.




* Kurma - A Tartaruga
É o segundo Avatar de Vishnu. Ajudou os Devas (deuses menores) a derrotarem os Assuras (semi-deuses). Conta o mito que Indra e os Devas foram amaldiçoados por um sacerdote, devido a desfeita que Indra fizera de suas oferendas. Aproveitando-se dessa maldição e do fato dos Devas terem perdido seus poderes e sua imortalidade, os Assuras planejaram destruir os Devas e o "Paraíso", mas para tanto precisavam que o Oceano de Leite vertesse o amrita (água da vida, que dava a imortalidade e poder). Vishnu sob a forma de Kurma manteve o batimento do Oceano de Leite e com a ajuda de Shiva e Lakshmi, fez com que o oceano vertesse amrita e favoreceu aos Devas, devolvendo-lhes a imortalidade e os poderes perdidos. Assim os Assuras foram derrotados.


* Varaha – O Javali
É o terceiro Avatar de Vishnu. O conto nos diz que Hiranyaksha, um assura, abastecido de um poder sem limites, atacou o paraíso e os Devas e levou a Terra para o fundo do oceano. Vishnu sob a forma de um Javali, Varaha, impediu que a Terra ficasse submersa na água, levantando-a com o seu focinho.
A luta se seguiu durante 1000 anos. Ao tentar esmagar Varaha, Hiranyaksha, o agarrou e antes que o agressor conseguisse o seu intento, Varaha soprou em sua bochechas um sopro tão forte que matou Hiranyaksha e depois repôs a Terra em seu lugar.


* Narasimha – O Homem-leão
É o quarto avatar de Vishnu. O Mito conta que um demônio Hiranyakshipu, que era um assura e irmão de Hiranyaksha, queria ser imortal, mas a imortalidade não poderia lhe ser dada, então ele pediu a Brahma que ele não pudesse ser morto por qualquer criatura que tivesse nascida de uma mãe, de um pai, de um ventre, de um ovo ou gerada por qualquer entidade viva criada, nem de dia e nem de noite, que não morresse nem na terra, nem na água e nem no ar, que não fosse morto por qualquer tipo de arma, que o metal jamais perfurasse sua carne, que sempre estivesse livre de doenças provocadas por microrganismos, que sempre fosse protegido de catástrofes naturais e que o seu próprio corpo e mente não fossem jamais causa da sua morte.
Brahma foi bastante solícito em conceder-lhe todas essa bênçãos, que aos olhos de um simples mortal equivalem à imortalidade.
Hyranyakashipu tornou-se um flagelo para toda a criação, vivendo sempre em busca de prazeres mundanos, tais como ouro (hyranya) e cama farta (kashipu), rapinando a própria espécie e todas as demais.
Seu filho, o humilde Praladha, invocou o poder de Vishnu para destruir seu pai que se dizia imortal.
Vishnu se encarnou como Narasimha (entidade viva sem forma definida, mais parecida como um leão) e jocosamente cumpriu as bênçãos proferidas por Brahma: a sua forma era inusitada e jamais havia sido criada por Brahma, ele surgiu do meio de um pilar de pedra e não foi gerado por uma mãe, pai, ventre, ovo, etc., sua morte ocorreu no crepúsculo, nem de dia e nem de noite, Vishnu o matou sobre o seu joelho usando a unha para estripá-lo (sobre o joelho é o tipo de “lugar nenhum,” nem na terra, nem na água e nem no ar, e a unha não é um arma de metal) e foi assim que o demônio morreu gozando de excelente saúde!


* Vamana – O Anão
É o quinto Avatar de Vishnu.
Numa guerra Purânica (ancestral) o rei dos deuses, Indra, perdeu o seu império para o rei dos demônios, Bali e foi invocar Vishnu para recuperar o império.
Vishnu se encarnou como um anão, no ventre da mãe de Indra (Aditi) e tendo um brâmane como pai (Kashyapa). Para todos os efeitos era considerado um brâmane, um mestiço híbrido de casta e além do mais, deficiente físico (um anão) e portanto um brâmane insignificante.
Bali era um demônio extremamente virtuoso e seguidor de todos os princípios religiosos e jamais poderia deixar de atender a um pedido de um brâmane, por mais insignificante que ele fosse.
Ardilosamente, Vamana conseguiu uma audiência com Bali e foi solicitar-lhe um pedaço de terra para viver. Bali era dono de todo o sistema galáctico e desejou satisfazer esse humilde desejo do pequeno Vamana; afinal, qual a relevância da extensão de terra que caberia em três passinhos de um anão?
Mas Vishnu com o primeiro passo envolveu toda a Galáxia, com o segundo todo o Universo e indagou onde iria colocar o pé para o terceiro passo. Inteligentemente, sabendo que estava diante de um deus, Bali respondeu: “Sobre a minha cabeça, meu Senhor”.
Seguindo os princípios morais de conduta estabelecidos, o conquistador que concordar em colocar a sola de seu pé sobre a cabeça de um conquistado, deverá exercer sucerania sobre o derrotado, podendo dispor de seus bens e até sobre a sua vida, devendo-lhe proteção.
Na verdade Bali, o demônio, era o predileto de Vishnu, mas Indra era seu irmão mais velho a quem Vamana deveria obedecer. Vamana recuperou o império para Indra e concedeu as suas bênçãos eternas e um planeta especial e indestrutível para Bali.


* Parashurama - O Homem com o machado
É o sexto Avatar de Vishnu. É o exterminador de “pecadores”. Para vingar a morte de seu pai, Um Brâmane, morto injustamente por representantes da casta dos guerreiros (Kshatriyas ou xátrias), Parashurama, dotado de um poder sobre-humano e armado de um machado, destruiu vinte e uma vezes toda a casta dos guerreiros. Só deteve a sua carnificina ante a uma encarnação de Vishnu como Kshatriya e tida como infinitamente mais poderosa que Parashurama, a encarnação de Rama.

* Rama
É o sétimo avatar de Vishnu. Rama é o símbolo do grande homem, o perfeito, o filho perfeito, o marido, o irmão, o amigo e governante. Sua saga está descrita na epopéia literário-religiosa do Ramaiana, onde é relatado com detalhes seu casamento com Sita, e sua luta contra o demônio Ravana, o mais terrível demônio do mundo. Recebeu ajuda de Hanuman nesta empreitada.
* Krishna
É o oitavo avatar de Vishnu. Krishna é citado no Mahabharata, mais exatamente no Bhagavad Gita, e é considerado, segundo o Movimento Hare Krishna (ISKCON), a Suprema Personalidade (Deus), sendo assim, a origem de todas as encarnações seguintes.
Krishna e as histórias aparecem nas diversas tradições filosóficas e teológicas hindu. Embora, algumas vezes diferentes nos detalhes, ou até mesmo contradizendo as características de uma tradição particular, alguns aspectos básicos são compartilhados por todas elas. Estes incluem uma encarnação divina, uma infância e uma juventude pastoral e a vida como um guerreiro e professor. A imensa popularidade de Krishna fez com que várias religiões não-hindus que se originaram na Índia tivessem as próprias versões dele.

* Buda – O Iluminado
Buda é o nono avatar de Vishnu. Buda, como uma encarnação de Vishnu, é um exemplo da capacidade que tem o hinduísmo de absorver elementos religiosos diferentes. Dizem os hindus que o avatar Buda apareceu fundamentalmente para ensinar o mundo a ter compaixão pelos animais.


* Kalki, o espadachim montado a cavalo.
É o décimo avatar de vishnu. Kalki é um avatar que ainda está por vir, Seu nome é freqüentemente tomado como metáfora para "eternindade", "tempo"ou"a morte" relacionando o futuro e a morte. Segundo os preceitos do hinduísmo, Kalki virá montado em um cavalo branco e desembainhando uma espada flamejante no fim da idade da escuridão(Kali Yuga) para eliminar o mal e fazer a restauração do dharma. Podendo assim se iniciar um novo ciclo, o inicio de uma Satya Yuga.



A esposa de Vishnu é a deusa Lakshmi, deusa da prosperidade e sorte, que o acompanha, encarnado na terra, como esposa de seus avatares. Seu veículo é Garuda, a águia gigante. Vishnu tem uma forte relação com a águia (Nara), tanto que um de seus nomes é Narayana, aquele que flutua sobre as águas. Ele é representado ao lado de uma Serpente com muitas cabeças, já mencionada anteriormente. Do seu umbigo, nasce uma flor de Lótus da qual emerge Brahma, o deus criador do universo.

Ìndia II - Brahma, O Criador

Brahma ou Brama é o primeiro deus da Trimurti, trindade Hindu composta por Brahma (o criador), Shiva (o destruídor ou transformador) e Vishnu (o conservador).
Brahma é a representação da força criadora de Brahman, diz o mito que Brahma cria o universo e este dura um dia de Brahma (4.320.000.000 de anos da Terra), a permanência do universo nesse período cabe a Vishnu, quando este está dormindo e Bahma vai dormir, Shiva destrói todo o universo. Ao acordar, Brahma aparece montado numa flor de Lótus e reconstrói o universo. Tal processo se repetirá durante 100 anos de Brahma, quando esse tempo findar, Brahma deixará de existir e todos os demais deuses e todo o universo serão dissolvidos de volta para seus elementos constituintes, Brahman.
Segundo o mito de Brahma, quando este criou Satrupa ou Sarasvati (deusa da Sabedoria), representação divina da mulher, Brahma se apaixonou por ela e não conseguia tirar os olhos da beleza de Sarasvati, que envergonhada, passou a se esquivar dos olhares de Brahma, movendo-se para todos os lados. Para poder vê-la a todo instante, Brahma criou mais três cabeças, uma a esquerda, uma a direita e outra atrás da primeira. Então restou a Sarasvati voar até o alto do céu, o que fez com que Brahma criasse uma quinta cabeça no alto, dessa forma, Brahma passou a ter cinco cabeças. Da uniao de Brahma e Sarasvati nasceu Suayambhuva Manu, pai dos humanos.
Diz uma outra lenda que a quinta cabeça de Brahma (a do alto) fora queimada por Shiva após Brahma ter falado mal dele, o que faz com que a sua representação atual seja com quatro cabeças.
Brahma tem quatro braços, segurando numa mão a flor de lótus ou seu cetro, em outra ele carrega um tipo de vaso contendo “água benta”, numa terceira ele abençoa ou carrega os Vedas, textos sagrados do hinduísmo e na quarta mão leva um rosário que representa o ciclo de movimentação do tempo. O veículo de Brama é o cisne Hans-Vahana, o símbolo do conhecimento.




Índia I - Brahman

Brahman é o conceito de Deus Supremo para os Hindus, representa todo o universo, a sua criação, a sua existência em si e a sua destruição, todas as coisas representam Brahman, que está em tudo e tudo é Brahman, ele é o princípio divino, é o
não-personalizado.

Em Gita, música de Raul Seixas e Paulo Coelho, inspirada no texto Bhagavad Gita do épico Mahabarata, foi captada, muito bem, a essência do que é Brahman, o Deus Supremo.

Gita
Raul Seixas
Composição: Raul Seixas / Paulo Coelho
"Eu que já andei

Pelos quatro cantos do mundo
Procurando
Foi justamente num sonho
Que Ele me falou"Às vezes você me pergunta
Por que é que eu sou tão calado
Não falo de amor quase nada
Nem fico sorrindo ao teu lado...
Você pensa em mim toda hora
Me come, me cospe, me deixa
Talvez você não entenda
Mas hoje eu vou lhe mostrar...

Eu sou a luz das estrelas
Eu sou a cor do luar
Eu sou as coisas da vida
Eu sou o mêdo de amar...
Eu sou o medo do fraco
A força da imaginação
O blefe do jogador
Eu sou, eu fui, eu vou..
Gita! Gita! Gita!Gita! Gita!

Eu sou o seu sacrifício
A placa de contra-mão
O sangue no olhar do vampiro
E as juras de maldição...
Eu sou a vela que acende
Eu sou a luz que se apaga
Eu sou a beira do abismo
Eu sou o tudo e o nada...

Por que você me pergunta?
Perguntas não vão lhe mostrar
Que eu sou feito da terra
Do fogo, da água e do ar...
Você me tem todo dia
Mas não sabe se é bom ou ruim
Mas saiba que eu estou em você
Mas você não está em mim...

Das telhas eu sou o telhado
A pesca do pescador
A letra "A" tem meu nome
Dos sonhos eu sou o amor...
Eu sou a dona de casa
Nos pegue pagues do mundo
Eu sou a mão do carrasco
Sou raso, largo, profundo...
Gita! Gita! Gita!Gita! Gita!

Eu sou a mosca da sopa
E o dente do tubarão
Eu sou os olhos do cego
E a cegueira da visão...
Euuuuuu!Mas eu sou o amargo da língua
A mãe, o pai e o avô
O filho que ainda não veio
O início, o fim e o meio
O início, o fim e o meio
Euuuuu sou o início
O fim e o meio
Euuuuu sou o início
O fim e o meio...

Alex Huche

terça-feira, 10 de março de 2009

Motoperpétuo

Este Blog não está morto, só vegeta no astral Web
a espera do seu momento de dar continuidade
a sua existência.
Afinal a vida é um mar, ora tormenta,
ora calmaria, ora atormenta e ora alivia.

Alex Huche