
Crianças com fome, meninos enjeitados, meninas desvalorizadas, uma descrença num futuro breve e menos ainda a longo prazo.
Como acreditar num futuro digno se o exemplo visto a todo momento é:
-
daquele que se dá bem ludibriando o povo;
- daquele que tem o respeito por andar armado;
- daquele que só é legal porque está seguindo o rumo imposto pelo modismo;
- que estudar e trabalhar é coisa pra otário.
Muitos meninos que passam a vida invisíveis, passam a serem vistos, só depois que portam uma arma, aí ganham notoriedade, os vemos e os tememos.

A resiliência é característica de cada indivíduo, mas pode ser estimulada em todos.
O povo tem fome e a fome do povo não é só a fome de comida, é fome de cultura, fome de esperança, fome de oportunidades e fome de sonhos.
É preciso ensinar a sonhar.
Como almejar o que não se conhece?
Como dizia o Ultraje a Rigor:
"...Indecente é você ter que ficar despido de cultura,
isso aí não tem jeito, quando a coisa fica dura.
Sem roupa, sem saúde, sem casa, tudo é tão imoral,
a barriga pelada é que é a vergonha nacional...
Pelado, Pelado, nu com a mão no bolso!"
É, o que fazemos com esses jovens?
Resistir é preciso e olhar pelos mais novos também!
Alex Huche
"...Mas agora chegou a nossa vez, vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês!"
Legião Urbana
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