autor desconhecido
Equinócio
A primavera chegou radiante,
Perséfone deixara para trás,
Hades e o seu Reino dos Mortos.
As flores enfeitavam o caminho
por onde a deusa passava
e como sempre, Pã, o deus da alegria,
Perseguia uma bela ninfa
que fugia como Siringe.
Pã se escondera e a vira se transformar
em uma bela borboleta,
que voou em sua direção,
tocou-lhe o rosto, carinhosamente, com suas asas,
encantado com tamanha beleza,
ele lhe estendeu a mão,
mas por capricho ou por receio,
a borboleta, não pousou na palma da mão do sátiro
e voou, voou para longe de Pã,
onde ele não pudesse tocar seu coração,
sendo assim,
Pã abriu um sorriso sem graça,
limpou os seus cascos e partiu.
Como no equinócio não há prevalência
entre Apolo ou Diana,
também não há amor ou desamor
no coração de Pã.
O mundo se encanta mais uma vez
ao ver Perséfone passar acompanhada
de ninfas, náiades e Pã,
que "alegremente" dança e ri.
Alex Huche
Sandro Botticelli
Nenhum comentário:
Postar um comentário