sexta-feira, 2 de maio de 2008

Odisseu II


Nau Frágil

Por tantas vezes velejei
em um mar doce e sereno,
senti a segurança que só se tem,
quando se controla as adversidades.
Preferi a calmaria de te amar em segredo,
pois, como era de se esperar,
o mar se agitaria em minha cabeça
trazendo um turbilhão de emoções.
Agora navego a deriva,
agarrado no tempo,
tal e qual um náufrago
com um destino incerto.
Espero que as estrelas me guiem
até que eu possa alcançar teus braços
e neles repousar carinhosamente.


Alex Huche

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