terça-feira, 27 de outubro de 2009

Sem comentários




Me Deixa Em Paz
Milton Nascimento
Composição: Monsueto / Aírton Amorim

Se você não me queria,

Não devia me procurar,

Não devia me iludir,

Nem deixar eu me apaixonar.
Se você não me queria,

Não devia me procurar,

Não devia me iludir,

Nem deixar eu me apaixonar.
Evitar essa dor,

É impossível.

Evitar esse amor,

É muito mais!

Você arruinou a minha vida,

Me deixa em paz.
Se você não me queria,

Não devia me procurar,

Não devia me iludir,

Nem deixar eu me apaixonar.

Não devia me iludir,

Nem deixar eu me apaixonar.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Ouroboros - Devora-te a ti mesmo!


Nacos de Mim


Quanto você paga pra me devorar?
Espécime raro em perfeito estado,
curiosa alma de mim mesmo.
Será meu sabor tão precioso

quanto minha ultima taça de vinho?
Seriam mais indigestas as minhas entranhas

ou minhas idéias?
Qual o gosto de um sonho ruim?
Qual o gosto de uma vida sem cor?
Qual o gosto do sucesso?
Será que conheço o sucesso?
Partes inexatas do meu corpo
carregam meu ego desproporcional
e o peso de minhas ações

com torpor e vaidade.
Quanto vale um nariz empinado,

um sorriso escrachado?
Quanto vale os egoísmos

e altruísmos da minha vida?
Na verdade, tua opinião não vale nada.
Come de graça.

Pamela Kore e Alex Huche

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Da série 4 mãos e 2 teclados

Maioridade



Pamela de Pressão



Enfim 18 anos,
sonhei com isso todo tempo, por muito tempo,
uma liberdade regada de vaidade,
medos transformados em uma gula pelo desconhecido,
a soberba e a luxúria seriam o melhor de mim,
a avareza com a vida suscita a ira do meu coração,
que desperdício de ar.
O que mudou?
Fiquei mais velha.
Tanto tempo esperando por nada.
Aí me dizem para fazer acontecer,

mas dá uma preguiça,
afinal levei 18 anos para chegar aqui.

Pamela Kore e Alex Huche

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Da série 4 mãos e dois teclados

domingo, 27 de setembro de 2009

Cosme, Damião e Doum - Salve às Crianças!




Os Gêmeos Acta e Passio nasceram na Arábia, em uma nobre família cristã, no século III da era comum, estudaram medicina na Síria e a praticaram na Egéia sem receber qualquer pagamento, sendo chamados de Anargiros (inimigos do dinheiro) para isso, dizendo: “Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo e pelo seu poder”.
Acta e Passio foram martirizados na Síria, perseguidos por Diocleciano, acusados de praticarem feitiçarias, e muitos de seus seguidores levaram seus corpos para Roma, onde foram sepultados num templo erguido em homenagem aos dois, pelo Papa Félix IV. Existem muitas versões a respeito de suas mortes, mas nenhuma é comprovada por documentos, o que põe em dúvida até mesmo a existência dos Gêmeos.
Hoje, São Cosme e São Damião são considerados os patronos da medicina.
A crença em São Cosme e São Damião é a versão cristã para a crença nos deuses gregos gêmeos, chamados Castor e Pólux, muito difundida no Mediterraneo. Segundo a tradição popular no século V, os gêmeos São Cosme e São Damião apareciam materializados para ajudarem às crianças que sofriam de violência.

Fra Angélico


Os Santos Cosme e Damião foram sincretizados com as divindades Ibejis, filhos de Iansã e criados por Oxum, quando estes foram abandonados nas águas de um rio por sua mãe. Por serem gêmeos, são associados à dualidade e por serem crianças estão ligados a tudo que se inicia: a nascente de um rio, nascimento das crianças, o germinar das plantas, novas uniões e empreitadas. Seus filhos, pessoas que possuem a proteção das divindades, apresentam temperamento infantil, nunca abandonam a criança que foram um dia, são brincalhonas e irrequietas.


Ibejis olhando pelas crianças



Lenda da Origem dos Ibejis


“Existiam num reino dois pequenos príncipes gêmeos que traziam sorte a todos. Os problemas mais difíceis eram resolvidos por eles; em troca, pediam doces, balas e brinquedos.
Esses meninos faziam muitas traquinagens e, um dia, brincando próximos a uma cachoeira, um deles caiu no rio e morreu afogado. Todos do reino ficaram muito tristes pela morte do príncipe.
O gêmeo que sobreviveu não tinha mais vontade de comer e vivia chorando de saudades do seu irmão, pedia sempre a Orumilá que o levasse para perto do irmão. Sensibilizado pelo pedido, Orumilá resolveu levá-lo para se encontrar com o irmão no céu, deixando na terra duas imagens de barro. Desde então, todos que precisam de ajuda deixam oferendas aos pés dessas imagens para ter seus pedidos atendidos.”
http://umbandaestudo.blogspot.com/2008/09/ibeijada.html


"Conta-se nas lendas que Doum era muito sapeca, e certa vez se perdeu da família.

Desde então Cosme e Damião saíram a sua procura, andaram por diversos lugares, especialmente bairros pobres aonde encontram muitas crianças infestadas pela peste que se espalhava pela região. Eles então curavam as crianças usando os seus conhecimentos médicos sem cobrar nada em troca somente pedindo a Deus que os recompensasse ajudando a encontrar o seu irmãozinho. Depois de muito andarem conseguiram finalmente encontrar Doum, mas este estava infectado pela peste... Cosme e Damião usaram de todo o seu conhecimento, mas foi em vão, pois Doum sorriu e disse que estava partindo para a vida eterna, pois já havia cumprido sua missão: que era fazê-los levar a cura aos mais necessitados".http://www.tutc.com.br/arquivos_diversos/boletim_07-11.pdf

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Cosme e Damião,

Damião cadê Doum?

Doum foi passear lá no cavalo de Ogum.

Cosme e Damião,

Damião cadê Doum?

Doum foi passear lá no cavalo de Ogum.

Dois dois sereias do mar

Dois dois mamãe Iemanjá

Dois dois sereias do mar

Dois dois mamãe Iemanjá

Ponto de Umbanda para Cosme, Damião e Doum


Para a Igreja Católica o dia de São Cosme e São Damião é dia 26 de setembro, enquanto que na Umbanda, Candomblé, Batuque, Xangô do Nordeste e Xambá, comemora-se o dia de Cosme e Damião no dia 27 de setembro, na Umbanda não só Cosme e Damião são comemorados nesse dia mas também à todas as crianças, com distribuição de doces e brinquedos para a criançada, principalmente no Rio de Janeiro.

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Mariazinha da beira da praia
Como é que sacode a saia?
É assim, assim, assim...
É assim que sacode a saia!


Pedrinho da beira da praia
Como é se que abana o boné?
É assim, assim, assim Assim que se abana o boné


"As Falanges das crianças vêm para nos mostrar o quanto é importante encarar a vida com alegria! Esses pequenos, com simplicidade nos trazem grandes ensinamentos, por possuírem muita inocência e pureza são entidades mais próximas de Oxalá e obedecem diretamente a Oxum (orixá do Amor)". http://www.tutc.com.br/arquivos_diversos/boletim_07-11.pdf


Alex Huche

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

20 anos sem Raul Seixas, SALT continua viva


Krig-Ha, Bandolo foi o primeiro disco solo de Raul Seixas em 1973, nos seus shows foram distribuídos o Manifesto/Gibi Krig-Ha, nascendo assim as bases para a SALT, Sociedade Alernativa, pregada por Raul Seixas e Paulo Coelho, inspirada no Livro das Leis de Aleister Crowley.
Entre as heranças nos deixadas por Raul, além das suas maravilhosas e irreverentes músicas, podemos destacar o Jargão "Toca Raul!", que ecoa desde a década de 80 em vários shows de diversos artistas.

Sociedade Alternativa
"Viva a Sociedade Alternativa, a lei do forte, essa é a nossa lei, alegria do mundo, faz o que tú queres faz o que é tudo da lei. Todo homem e toda mulher é uma estrela, não existe Deus se não o próprio homem, o homem tem o direito de viver pela sua própria lei. De viver da maneira que ele quiser, de trabalhar como ele quiser, de gritar como ele quiser, de descansar como ele quiser, de morrer como ele quiser. O homem tem o direito de comer o que ele quiser, de beber, de fumar o que ele quiser, o homem tem o direito de morrer da maneira que ele quiser, o homem tem o direito de pensar no que ele quiser, de falar no que ele quiser, de escrever o que ele quiser, desenhar, pintar, esculpir, gravar, contar, construir, destruir. O homem tem o direito de amar, como e com quem ele quiser, o amor é a lei, o amor sobre a vontade viva!"
Manifesto Krig-Ha

* Prefácio - Nós vos saudamos, Maria. Nós Vos Saudamos José. E nós saudamos os artistas brasileiros que tiveram o silêncio do resto do mundo quando seus trabalhos e seus corpos foram censurados, mutilados desaparecidos.
* Manifesto:
1 - O espaço é livre. Todos têm direito de ocupar seu espaço.
2 - O tempo é livre. Todos têm que viver em seu tempo, e fazer jus às promessas, esperanças e armadilhas.
3 - A colheita é livre. Todos têm direito de colher e se alimentar do trigo da criação.
4 - A semente é livre. Todos têm o direito de semear suas ideias sem qualquer coerção da INTELEGENZIA ou da BURRICIA.
5 - Não existe mais a classe dos artistas. Todos nós somos capazes de plantar e de colher. Todos nós vamos mostrar ao mundo e ao Mundo a nossa capacidade de criação.
6 - "Todos nós" somos escritores, donas-de-casa, patrões e empregados, clandestinos e careta, sábios e loucos.
7 - E o grande milagre não será mais ser capaz de andar nas nuvens ou caminhar sobre as águas. O grande milagre será o fato de que todo dia, de manhã até a noite, seremos capazes de caminhar sobre a Terra.
* Saudação final do 11º manifesto:
- Sucesso a quem ler e guardar este manifesto. Porque nós somos capazes. Todos nós, todos nós somos capazes.
Escrito por: Raul Seixas, Paulo Coelho, Sylvio Passos, Christina Oiticica, Toninho Buda, Ed Cavalcanti


Alex Huche

Fontes:Terra - Kid Vinil; Wikipedia; músicas Sociedade Alternativa e a Lei de Raul Seixas e Paulo Coelho

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Devaneios

Miragens

“Quando a vi logo ali tão perto,

tão ao meu alcance,
tão distante e tão real"
dizia o poeta sem saber de ti.
Um ímpeto de buscar-lhe invadia minh'alma,
segui teus rastros, teu perfume
mas você sumia, sumia como chaves,
como guarda-chuvas em lojas de conveniências
como canetas Bic, que vão pra onde ninguém as encontram,
como o sorriso tosco do gato de Alice
ou ainda como a idiota da própria Alice
que cismava de seguir quem não conhecia.
Mesmo assim eu te sentia.
Não percebi o caminho deixado pra trás,
Enebriado pelo aroma das flores ao redor.
Agora estou aqui,com o pescoço na guilhotina
e essa puta a gritar no meu ouvido:

Cortem-lhe a cabeça!

Pamela Kore e Alex Huche

Da série quatro mãos e dois teclados.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Salve Ogum, Salve São Jorge!


Jorge da Capadócia
Jorge Ben Jor
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Jorge sentou praça na cavalaria
e eu estou feliz porque eu tambem sou da sua companhia
eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
para que meus inimigos tenham pés e não me alcancem
para que meus inimigos tenham mãos e não me toquem
para que meus inimigos tenham olhos e não me vejam
e nem mesmo um pensamento eles possam ter para me fazerem mal.
Armas de fogo, meu corpo não alcançarão.
facas e espadas se quebrem, sem o meu corpo tocar.
Cordas e correntes se arrebentem,sem o meu corpo amarrar.
Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge.
Jorge é da capadócia, salve Jorge.
Jorge é da capadoócia, salve Jorge.
Perseverança, ganhou do sordido fingimento
e disso tudo nasceu o amor.
Perseverança, ganhou do sordido fingimento
e disso tudo nasceu o amor.
Ogam toca pra Ogum.
Ogam toca pra Ogum.
Ogam, Ogam toca pra Ogum.
Jorge é da capadócia.


segunda-feira, 13 de abril de 2009

Índia XIV - Budismo

É uma doutrina fundada por Sidarta Gautama entre 563a.c. e 483a.c., onde não há um Deus criador. Seu objetivo é evitar o mal, fazer o bem e cultivar a mente, a fim de atingir o Moksha (fim do ciclo de reencarnações, Samsara), chamado de Nirvana.


O Budismo segue as 4 nobres verdades, são elas:
* A primeira nobre verdade: "(...) esta é a nobre verdade do sofrimento: nascimento é sofrimento, envelhecimento é sofrimento, enfermidade é sofrimento, morte é sofrimento; tristeza, lamentação, dor, angústia e desespero são sofrimento; a união com aquilo que é desprazeroso é sofrimento; a separação daquilo que é prazeroso é sofrimento; não obter o que queremos é sofrimento; em resumo, os cinco agregados influenciados pelo apego são sofrimento.(...)"
* A segunda nobre verdade: "(...) esta é a nobre verdade da origem do sofrimento: é este desejo que conduz a uma renovada existência, acompanhado pela cobiça e pelo prazer, buscando o prazer aqui e ali; isto é, o desejo pelos prazeres sensuais, o desejo por ser/existir, o desejo por não ser/existir.(...)"
* A terceira nobre verdade: "(...) esta é a nobre verdade da cessação do sofrimento: é o desaparecimento e cessação sem deixar vestígios daquele mesmo desejo, o abandono e renúncia a ele, a libertação dele, a independência dele.(...)"

* A quarta nobre verdade: "(...) esta é a nobre verdade do caminho que conduz à cessação do sofrimento: é este Nobre Caminho Óctuplo: entendimento correto, pensamento correto, linguagem correta, ação correta, modo de vida correto, esforço correto, atenção plena correta, concentração correta.(...)"






Índia XIII - Jainismo

Surgiu entre 599a.c. e 527a.c. criada por Mahavira que pertencia a casta dos Xátrias, casou, viveu no luxo e por volta dos 30 anos se tornou mendigo e se dedicou ao ascetismo e recebeu a revelação dos Tirthankaras, almas nascidas como humanos que alcançaram a libertação.

Segundo o jainismo, o universo divide-se em cinco mundos, sendo cada um deles habitado por determinado tipo de seres. O universo é eterno, não tendo sido criado por nenhum ser superior. Na verdade não há Deus no Jainismo.


Templo Jainista Ranakpur

Índia XII - Sikhismo

Religião formada a partir do Hinduismo e do Islamismo pelo Guru Nanak em 1469, crê em um único Deus e segue os ensinamentos dos 10 Gurus que traçaram as suas diretrizes.


O Sikhismo possui 3 pilares básicos:
* Manter Deus presente na mente em todos os momentos (Nam Japam);
* Alcançar o sustento através da prática de trabalho honesto (Kirt Karni);
* Partilhar os frutos do trabalho com aqueles que necessitam (Vand Chhakna).



Templo Dourado de Amandir Sahib


domingo, 12 de abril de 2009

Índia XI - Hinduismo

Religião de origem Indo-européia, surgida na Índia entre 4000 e 6000 anos, pautada nas manifestações de Brahman (Espírito Supremo), com destaque para a Trimurti, trindade de deuses, formada por Brahma (Construidor), Vishnu (Preservador) e Shiva (Destruidor).
O hinduismo conta com muitos deuses, cada um com uma função específica.Os Principais conceitos da crença Hindu são: Karma (Ação e Reação do ciclo de renascimentos), Dharma (Lei que rege o ciclo de renascimentos), Samsara (Ciclo de Renascimentos), Moksha (Libertação do Samsara) e Iogas (Caminhos e Práticas). Os livros sagrados do hinduismo são os Vedas.

Os templos Hindus demonstram toda arte e arquitetura desse povo, com obras de imensa beleza.


O Sistema de Castas foi criado pelo povo Ariano quando invadiu e se estabelceu na Índia, o que ajudou a compor a religião, tornando impossível a mobilidade entre as castas, determinada pelo nascimento, também é proibido o casamento entre indivíduos de castas diferentes. Tal sistema foi abolido, oficialmente em 1950, na construção da constituição Indiana, mas o costume perdura até os dias de hoje.
Segundo o Hinduismo, os Homens surgiram do corpo de Brahma e foram classificados em 4 grupos:
* Brâmanes, surgidos da Boca de Brahma – Sacerdotes, Filósofos, Professores;
* Xátrias, surgidos dos Braços de Brahma - Militares e Governantes;
* Vaixás, surgidos das Coxas de Brahma – Comerciantes e Agricultores;
* Sudras, surgidos dos Pés de Brahma – Trabalhadores em geral; Os Párias surgiram da poeira sob os pés de Brahma, por isso não são puros, são, também, conhecidos como Intocáveis e Dalits, são encarregados dos trabalhos com Lixo, Esgoto e Sepultamentos. São os excluídos da Índia.


segunda-feira, 6 de abril de 2009

Índia X - Hanuman, o deus macaco

Hanuman é um Vanara (ser da floresta) da raça dos Símios, ele era um símio humanóide, no Ramayana, é tratado como se fosse uma encarnação de Shiva para ajudar Rama (encarnação de Vishnu) em suas tarefas.
Hanuman é o filho do vento (Vayu) e é o grande herói do Ramayana (épico que narra os trabalhos de Rama), mas não se encontra apenas no Ramayana, mas também nos textos Hanuman Chalisa e o Mahabarata.

É um deus querido, sobretudo, pela sua devoção a Rama.

No Ramayana, o demônio Ravana, sequestrou a princesa Sita, esposa de Rama. Graças aos poderes de Hanuman, o cativeiro de Sita em Lanka, atual Sri Lanka, foi descoberto. Entre os seus poderes estavam o poder de voar, de mudar sua forma e de alterar o seu tamanho. Numa passagem, Lakshmana (irmão de Rama) e Rama, foram aprisionados por Ahiravana tio de Ravana e só poderiam ser libertados, se cinco fogueiras fossem apagadas ao mesmo tempo, então Hanuman assumiu uma forma com cinco cabeças:
Sri Hanuman, com a cabeça normal de macaco;
Sri Garuda, com a cabeça de águia;
Sri Varaha, com a cabeça de Javali;
Sri Narasimba, com a cabeça de leão;
Sri Hayagriva, com a cabeça de cavalo.

Em outro momento, Lakshmana foi ferido em batalha e para o salvar, Hanuman se torna um gigante e leva a Montanha Dronagiri para o campo de batalha, para que os macacos retirassem as ervas para curar Lakshmana.
Hanuman foi o causador do incêndio da cidade inimiga e o destruídor de diversos súditos de Ravana.

Hanuman foi tão devotado à Rama e Sita, que se tornou imortal.


quinta-feira, 2 de abril de 2009

Índia IX - Kali, a deusa negra

Kali é ma das manifestações de Parvati e está entre as divindades mais cultuadas no Hinduísmo. È uma deusa muito antiga e a ela ainda são realizados sacrifícios animais e antigamente os sacrifícios eram humanos. Até o século XIX, seus seguidores os Thugs, acreditavam que seguidores de outros deuses eram demônios disfarçados de gente, então eles se aproximavam dessas pessoas, faziam amizade e quando ganhavam sua confiança, as estrangulavam e em ritual as cortavam em diversas partes, na maioria das vezes, suas vítimas eram pessoas de castas inferiores. Para não deixar pistas do “crime”, as vítimas eram enterradas e os Thugs dançavam sobre o “túmulo” para achatar a terra. Tal prática, foi extinta no século XIX, pois os Thugs passaram a ser caçados na Índia pelos ingleses.



Conta o mito que o Assura Raktabija tinha o poder, dado por Brahma em gratidão por sua dedicação, que o protegia de ser destruído. Se seu sangue fosse derramado, dele nasceria um clone mais poderoso ainda. Raktabija, desafiou os deuses, que ao lhe ferirem, viram surgir novos demonios idênticos, mas cada vez mais poderosos. Então pediram a Parvati que evocasse Durgha para combater o exército de Raktabijas. A batalha se seguiu e a quantidade de demônios só aumentava. Furiosa diante de tal situação, Durgha se torna Kali, uma deusa de pele escura e com uma língua grande e vermelha, que arranca a cabeça do Demônio e bebe todo seu sangue e passa a caçar e a matar todos os demônios que encontra, fazendo um colar de cabeças e uma saia de braços de sua vítimas. Com o fim da luta um novo problema surgiu, Kali ficou tão eufórica que passou a dançar freneticamente e tão forte que seus movimentos passaram a ameaçar a existência do universo. Para evitar que os mundos fossem destruídos, Shiva, seu esposo, deitou sob os seus pés enquanto a deusa dançava até que ela se acalmasse.
Mas Kali não é uma deusa do mal pois, na verdade, seu papel de ceifadora de vidas é absolutamente indispensável para a manutenção do mundo. Seus devotos são recompensados com poderes paranormais e com uma morte sem sofrimentos.

Índia VIII - Durgha, Manifestação de Parvati

É uma das manifestações de Parvati, diz-se possuidora de grande beleza, com três olhos como lótus, dez poderosas mãos, cabelos anelados, seus ornamentos são feitos de ouro, cravejado de pérolas e pedras preciosas. Suas armas são as armas de todos os deuses e seu vahana (veículo) é Astrid, representado algumas vezes como um leão e outras como um tigre.
Conta o mito que o Rei dos Assuras, Rambha, apaixonou-se por um Búfalo e desse casameto nasceu Mahishashura, que era muito devoto de Brahma, que em gratidão Brahma resolveu lhe conceder um desejo, e Mahishashura desejou não ser morto por nenhum homem ou deus. Dessa forma, com tal poder, passou a aterrorizar o mundo. Como não podia ser morto nem por homens e nem por deuses (masculinos), os deuses Shiva, Brahma e Vishnu reuniram os deuses e decidiram que teria que ser uma deusa a enfrentar Mahishashura, sendo assim, Parvati se torna Durgha e recebe as armas dos deuses. Uma imensa luta foi travada, enquanto os deuses só podiam observar.


Em outra passagem, os Assuras gêmeos, Chanda e Munda, resolveram atacar Durgha que foram impiedosamente mortos pela sua espada.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Índia VII - Parvati, A Grande Mãe (Shakti)

É a esposa de Shiva, ela é a encarnação da deusa mãe.
Conta o mito que Daksha, grande adorador de Shakti, deusa mãe, rogou-lhe que ela lhe desse a honra de encaranar em sua família como sua filha. Como Daksha era um fiel seguidor, a Deusa mãe lhe concedeu o pedido, deixando-lhe claro que o abandonaria se se sentisse ofendida por ele, por mais que tivesse uma vida feliz. Assim foi feito, nasceu Sakti, encarnação de Shakti. Shiva se encantou pela jovem e a tornou sua esposa.
Daksha não ficou feliz com o casamento de Shiva com Sakti e ofendeu o deus. Com a ofensa de seu pai com o seu marido, a deusa ficou profundamente magoada e se suicidou invocando Tapas, que é a prática de se suicidar ateando fogo no próprio corpo. Dessa forma deixando a família de Daksha.
O nome Shakti, passou a designar as esposas dos deuses hindus.
Shiva ficou profundamente entristecido com a morte de sua esposa, e se retirou em meditação, no interior de uma gruta e não saía de seu transe por nada.
Sakti reencarna sob a forma de Parvati, filha do Himalaia, e vai em busca do seu amor e o encontra meditando. Parvati tentou chamar sua atenção de todas as formas, pois sabia que o acompanharia até o fim dos tempos. Parvati, então, começa a meditar diante da caverna de Shiva e por mil anos permaneceu imóvel, a ponto de plantas crescerem sobre seu corpo. Diante da emanação de tal energia, Shiva desperta e reconhece sua amada esposa.


Shiva e Parvati, formam uma família com dois filhos: Ganesh e Skanda.

Parvati, a esposa devotada e mãe amorosa, possui mais duas manifestações, Durga e Kali



* Durga
É a manifestação guerreira de Parvati, possui vários braços com várias armas e é uma caçadora de Demônios, está sempre acompanhada de seu leão dourado ou um Tigre, chamado Astrid.

* Kali
É a manifestação mais poderosa de Parvati, guerreira e impiedosa com o mal, é uma das formas da deusa mais cultuada na Índia, também é associada como uma deusa da morte.


segunda-feira, 16 de março de 2009

Índia VI - Skanda, O Deus da Guerra

Skanda é o deus da guerra. Sua montaria é o Vel, um pavão, e suas armas são: uma espada, um dardo, um bastão, um disco e um arco, embora, geralmente, ele seja retratado empunhando uma sakti ou lança, o dardo é usado para simbolizar o Seu alcance e proteção, o disco simboliza o Seu conhecimento da verdade, o cetro representa Sua força e o arco mostra sua habilidade para vencer todos os males. Montar o pavão simboliza sobrepujar o ego.
Skanda é filho de Shiva e Parvati e irmão de Ganesh.

As esposas de Skanda são Valli e Devasena.


Índia V - Ganesh ou Ganesha - O Destruídor de Obstáculos

Ganesh é o deus destruidor dos obstáculos, de ordem material e espiritual, é o deus mais reverenciado na Índia, é o filho mais velho de Shiva e Parvati, é considerado o mestre do intelecto e da sabedoria. Ele é representado como uma divindade com uma enorme barriga, com quatro braços (as figuras de Ganesh com dois braços são um Tabu) e a cabeça de elefante. Ele é o símbolo das soluções lógicas e daqueles que descobriram a divindade dentro de si.

Ganesh é o som primordial 'OM' e sua forma o representa.




Ele é o deus da boa fortuna e por isso é invocado antes do início de cada empreitada, é o primeiro ídolo a ser invocado em qualquer casa nova ou templo. Cada elemento do corpo de Ganesh tem seu significado, sendo eles:


* Cabeça de Elefante – indica fidelidade, inteligência e poder; * Uma única presa – indica o rompimento de todas as formas de dualismo;



* Orelhas grandes – Demonstra grande habilidade de escutar as pessoas que procuram ajuda e para refletir verdades espirituais; * Tromba curvada – Demonstra a facilidade de discernir entre o divino e o físico; * Marca do Tríshula na testa – representa o passado, presente e o futuro e a capacidade de Ganesh se sobrepor a eles; * Barriga grande – Capacidade de Ganesh de sugar os sofrimentos do universo e os digerir, protegendo o mundo; * Machadinha – É o símbolo da restrição de todos os desejos que trazem dor e sofrimento, com ele Ganesh destrói os obstáculos; * Flor de Lótus – Simboliza a sua beatitude e a realização do seu verdadeiro eu; * Mushika (Rato) – Simboliza o ego, o desejo e o orgulho e é o veículo de Ganesh, conta a lenda que Gajamuka era um Assura Yogi muito poderoso e se tornou quase invencível a ponto de expulsar os deuses do céu. Para o deter chamaram Ganesh, que no início do embate, não pôde fazer muita coisa, pois nenhuma arma conseguia lhe atingir, a luta durou milênios, sem que nenhum sobrepujasse o outro, foi quando Ganesh fez um sacrifício e arrancou sua presa direita, arremessando-a contra Gajamukha, com tanta força, que este ficou gravemente ferido. E ao mesmo tempo, Ganesh, lançou-lhe uma maldição para que ele se transformasse num rato, e foi o que aconteceu. Então Ganesh montou no rato e o domou, obrigando-o a ser seu vahana (Veículo).

Um dos mitos de Ganesh nos conta que ele nasceu de Parvati, enquanto Shiva saíra para meditar. Parvati pedira a Ganesh que impedisse que qualquer um entrasse em seu quarto, enquanto ela se banhava. Estando Ganesh, um menino, na porta do quarto, Shiva chegou e foi impedido de entrar nos aposentos. Furioso, Shiva avança sobre o menino e os dois travaram uma grande luta, até que Shiva lhe arranca a cabeça e a queima. Ao ver Ganesh morto, Parvati reclama com Shiva e lhe diz que ele matara o próprio filho. Então Shiva pede ao seu exército para trazer a cabeça do primeiro animal que passasse diante do templo, e assim foi feito. Com a cabeça de um elefante, Ganesh, foi assim ressuscitado.





Vídeo produzido pela Turma MA-2 de 2007 da Anhembi Morumbi Designe de Games

Ganesh possui duas esposas, Siddhi (Sucesso) e Riddhi (Prosperidade), onde há sucesso e prosperidade, Ganesh está lá.